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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Prólogo - MUITO PRAZER em conhecer...

Ryan e J’J no carro – Ryan acompanha a música que está tocando no rádio do carro (‘In Da Club’ 50cent) balançando a cabeça e batucando no ar – baquetas imaginárias.
Ele está feliz e não esconde isso, até porque nem saberia como – ele é praticamente um ‘outdoor’ de sentimentos – e neste exato momento está feliz!
Feliz e extremamente animado com a chance de conhecer outros ‘membros’ do grupo tão particular ao qual pertencem. Ainda não sacou porque J’J exitou tanto em apresentá-lo, mas agora isso já não importa – Eles estão a caminho! E tudo que ele sabe sobre elas é que são duas gatas...

Ao menos é isso que ele lembra ter ouvido...

Em sua mente duas tremendas gatas dançam ao som do Hip Hop que toca no carro.
Ele sorri com a excitação... e é abruptamente arrancado de seus sonhos por um cascudo.

J’J: __É serio ‘gabiru’! (J’J desliga o som sob protestos)__Vê se presta atenção no que eu te digo... Não vai achando que todas são putas ou coisa assim.
R: __E quando foi que eu disse isso? (‘tomara que ele não tenha espiado aquela ‘dancinha privê’ que eu tava curtindo!)
J’J: __Ah, não te faz! Pensa que me engana, gabiru?
(‘É, ele viu! – droga!’ pensa Ryan)
J’J: __mas, quanto a essas duas... elas são duas loucas! Enfia isso nessa tua cabeça loira – elas são duas loucas! Não entra babando só porque são duas gatas, fica esperto!
R: __Loucas? Como assim?
J’J: __Ah, elas são! Confia em mim! Elas curtem uns lances meio... perigosos... Especialmente a Lilly! Ela não tá nem aí pros outros, sem noção...
R: __Essa é qual? A que gosta de olhar ou a outra?
J’J: __ A outra cara, a outra. Mas tu não presta a atenção em nada mesmo, ‘gabiru’! Vê se pelo menos desta vez escuta o que eu te digo cara... É pro teu bem!
R: __Tá legal, tá legal! Só não vai me chamar disso na frente delas, hein!
J’J: __ Disso o que gabiru?
J’J ri enquanto Ryan resmunga... E a música volta a tocar...

Não é que Ryan não tenha ouvido ou prestado atenção – acontece que, em sua cabeça de 19 anos recém completos, algumas palavras foram registradas com mais ênfase que outras – E no fim das contas, quando eles descem do carro, tudo que ele consegue lembrar de toda essa conversa soa mais ou menos como...

...’blábláblá putas bláblábláblá duas gatas bláblábláblá loucas bláblábláblábláblá lances perigosos blábláblá é pro teu bem bláblábláblábláblá etc e tal...

Eles descem do carro em frente a uma grande casa – tem algo escrito na fachada: ‘Escola de Artes 'Las demoiselles d'avignon'

J’J toca a campainha – esperam alguns minutos – uma eternidade pra Ryan, que se mexe inquieto – mãos nos bolsos; estala os dedos; passa a mão na nuca e está prestes a roer as unhas quando a porta é aberta...
(diversos quadros mostrando esta inquietação)


Ilustração: Jairo TX

Uma mulher - Ryan se surpreende por ela não se parecer em nada com suas ‘dançarinas de Hip Hop’, muito pelo contrário – nenhuma mulher estaria em sua imaginação vestida de uma forma tão sóbria: blusa preta de gola alta, saia longa, cinza, cobrindo os joelhos, meias calças pretas e sapato social, preto, comum. Olhos castanhos esverdeados, cabelo escuro, liso, bem comportado, na altura dos ombros. A pele é tão clara que lhe dá um ar frágil, delicado...

Ela sorri de forma gentil, mas não disfarça a expressão surpresa, um tanto intrigada com aquela visita:
__J’J? Há quanto tempo! Há que devo a honra?
J’J: __ Oi Vanessa. Esse é o Ryan... ele é um dos nossos, novo. Ele queria conhecer vocês. Incomodamos?
V: __De forma alguma! - Ela olha Ryan nos olhos, seu rosto é delicado e gentil... Ela parece estudá-lo com interesse.
Ele sorri, encabulado e estica a mão;
R: __Oi, tudo bem?
Ela responde ao cumprimento, com sua mão suave na mão - agora suada – dele. (detalhe para as mãos)
V: __Entrem, por favor! – ela aponta o caminho, fechando a porta logo atrás deles.
V: __Me acompanhem, por aqui.
Eles seguem por um longo corredor, pouco iluminado, cheio de portas, até uma escada, por onde sobem.

Enquanto sobem, Ryan pensa que ela é definitivamente diferente do que ele havia imaginado, mas... olhando com mais atenção para o contorno de seus tornozelos e o volume de seu quadril, mexendo levemente enquanto ela sobe os degraus, eis que surge um novo pensamento: ’Nada mal... será que essa é a que olha ou a outra?.. droga! Eu tinha que esquecer disso, justo agora!’

Ela abre outra porta no topo da escada – eles entram numa sala.
V: __Sentem, por favor. Bebem alguma coisa?
J’J se senta numa poltrona: __um suco. Laranja, se tiver.
V: __Claro. E pra ti, o que tu deseja? – ela olha diretamente pra Ryan, que permanece em pé, próximo ao J’J.
R: __Pode ser.
V: __’pode ser’ o que? Um suco também? Laranja?
R: __Isso!É. Obrigado.
Ela sorri gentilmente para Ryan.
V: __Fiquem a vontade! Vou avisar a Lilly que vocês estão aqui. Eu já volto com os sucos. – e ela sai da sala.

Ryan caminha ‘fazendo o reconhecimento da área’, quando sua atenção é fisgada pelos quadros na parede oposta – parecem fotos... várias fotos, grandes, em preto-e-branco. Ele não consegue distinguir com certeza do que se tratam e se aproxima, tentando decifrar melhor... ‘Será que é ‘isso’ mesmo ou é só minha imaginação trabalhando de novo?’...
Ele se aproxima mais – e mais – e mais um pouco, até que...
R: __Cara! – ele exclama baixinho, sem nem perceber - 'isso são... não pode... bah!!! É mesmo...'
Ele fica tão atônito com as fotos que nem percebe a aproximando dela, até que uma voz lhe traz de volta a realidade:
__Vejo que gostou das fotos... ela é linda, não é
Ryan olha assustado para a ‘origem da voz’ – Vanessa, parada ao seu lado, lhe oferecendo um copo de suco.
Ele gagueja, um pouco envergonhado, mas principalmente boquiaberto com o conteúdo da foto: são duas mulheres, nuas, entrelaçadas muiito intimamente. Na maioria das outras fotos uma modelo predomina, ela é realmente exuberante, perfeita e apesar das situações extremamente eróticas em que se ela encontra, as fotos foram capturadas de uma forma tão sutil pelo fotógrafo que não parecem em nada vulgares – são fortes, mas ao mesmo tempo bonitas, delicadas...

R: __é...é...maravilhosa! As duas são!

Vanessa desvia os olhos e sorri, timidamente – então ele se toca de que ela se parece muito com uma das mulheres entrelaçadas!... Percebendo que está parecendo um idiota, ele ajeita a postura e carrega ainda mais no seu sotaque cajum – o qual ele acredita sempre contar pontos com as mulheres!

R:__Adorrei as fotos! São... lindas! São vocês aqui, não são?
Ela fica corada: __É... somos sim. Que bom que gostou... digo, das fotos! Elas são minhas.
Ele pensa ‘ isso eu imaginei, elas tão na tua parede’ e faz uma cara tipo ‘tô perdendo alguma coisa?’
Ela ri percebendo que ele não entendeu, e completa...
V: __Eu fotografei!
R: __Ah... sim, clarro! São lindas mesmo... Ótimas!
V: __Obrigado!- ela sorri. __ E esse teu sotaque é da onde? França?
(‘Droga, elas devem conhecer a França’) R: __... Canadá! (‘isso soa mais interessante do que a verdade!).
V: __Hm... E o que tu faz, Ryan? É atleta também? – diz ela se referindo ao J’J
R: __ No, No, querro dizer, esportes só por diversão! Eu trrabalho numa oficina mecânica, mas meu lance é a música!
V: __É? Que ótimo! E por qual instrumento tu te interessas?
R: __Eu canto! Toco guitarra também, mas ainda não me dou muito bem com ela... Cantar é mais a minha praia!
V: __Bem, como tu deves ter notado, nós temos uma escola de artes aqui. Se tiveres interessado em aprender mais, nosso professor de música é muito bom!
R: __Pô, legal!
Ryan escuta passos – na verdade escuta os toc-tocs de um salto alto, num caminhar lento e ritmado...
V: __Oh, até que enfim! Parece que a Lilly vem vindo...

Quando ele vira para olhar... Fica ainda mais embasbacado que antes...

Ilustração: Jairo TX

Ela veste botas pretas de vinil, salto fino, cano alto, amarradas até as coxas. A saia de couro preta é pouco maior que um cinto. A blusa, não é bem uma blusa – é um espartilho preto, com as laterais em renda, salientando ainda mais a cintura e amarrado atrás, bem apertado, fazendo saltar os seios fartos. Os braços são cobertos por uma espécie de luvas também em vinil, sem dedos. Não bastasse o corpo perfeitamente esculpido, torneado e voluptuoso, o cabelo preto curtinho, deixando a nuca, faz um contraste perfeito com a pele branca e os olhos, de um azul profundo, bem maquiados. Pra completar, os lábios carnudos, pintados em um vermelho sangue...

J’J continua quieto na poltrona, ele e seu copo de suco; a simples presença daquela mulher não o deixa tão perturbado quanto Ryan, mas ficar totalmente indiferente... aí já é pedir de mais! – ele levanta os olhos e os prende nela por alguns instantes, depois volta ao seu suco...
Mas isso não a deixa satisfeita - Ela caminha até ele – não, não... ela não caminha – ela Desfila pela sala em sua direção e se inclina lentamente, baixando o tronco e mantendo as pernas retas.
L: __Ora, ora... se não é J’J Jhonson, em pele e músculos! – ela sorri maliciosa e beija levemente seu rosto.

O ângulo de Ryan lhe proporciona uma visão no mínimo privilegiada! E o impulso de inclinar a cabeça torna-se irresistível, à medida que ela se curva. Ele está tão atônito que simplesmente ignora a presença de Vanessa ao seu lado.

Se neste momento restasse oxigênio suficiente no cérebro de Ryan, ele certamente pensaria no quão diferente também havia lhe imaginado - Nem todos seus hormônios adolescentes seriam capazes de fantasiar ‘tudo aquilo!’ – Ela era A luxúria, O desejo e O fetiche, encarnados, vestidos em vinil e neste exato momento, com o quadril inclinado em sua direção, revelando a completa ausência de roupas íntimas...
Por isso Não! Ele não era capaz de raciocínio algum que não fosse uma tremenda exclamação!
Todo seu sangue estava sendo rapidamente redirecionado e ele ficou... Paralisado!!!
Pra piorar a situação ela se levanta – e pela primeira vez, parece ter lhe notado...

(‘Ela tá olhando pra cá! Não, não – ela... ela tá olhando pra mim? Pior, ela tá vindo pra cá! Droga, droga, droga! Esse definitivamente não é o melhor momento pra uma ereção! Se a primeira impressão é a que fica, então eu ‘Tô Ferrado’! Hm, droga! Vamos ver, vamos ver, algo broxante... hm... Minha Nossa, esses peitos são enormes! Não, droga! Outra coisa!- preciso pensar em outra coisa... Vamos lá garoto... Sem calcinha! Ela tá sem calcinha!.. Ah, isso definitivamente não ajudou! Rápido, rápido... algo broxante...! Ah... Não!.. Merda! Puta Merda! Já era!.. Tudo bem, tá tudo bem, sem problemas! A calça é folgada, a camisa é comprida, ela nem vai notar!..Mas que... Merda!)

L: __Hm, e tu é quem? – ela o olha de cima a... baixo... com a boca entreaberta, morde os lábios, suspira...
...alguns segundos de um estranho silêncio depois...
V: __Ryan? Ryan? Tá tudo bem?
R: (pigarreia) __ah, oi, sou eu, Ryan! – ele se inclina levemente para cumprimentar Lilly, pedindo sua mão.
Ela estende a mão em vinil e ele beija lentamente, embriagado pelo perfume.
V: __Ele é um de nós, queria nos conhecer!
L: __Ah, é? E tu faz o que, Ry-an?
R: __Eu... sou... músico! Eu sou músico; eu canto, na verrdade.
L: __Hm... com este sotaque gostoso... E tu... toca também?
Ele engole a seco, respira fundo e responde: __ahãm, digo, um pouco...
V: __guitarra, não é Ryan? – Vanessa parece analisar as reações de ambos.
R: __É, isso, guitarra! Mas... só um pouco.
L: __E não trouxe?Ah... Que pena...- ela se aproxima do ouvido dele: __Eu a-do-ra-ria te ver tocando...só um pouco...
Ryan suando, engole a seco de novo – esboça um sorriso – apavorado!
Vanessa parece intervir em seu socorro - tentando restabelecer uma conversa ‘viável’...
V: __O... Ryan é do Canadá!
Lilly se apóia no ombro da Vanessa, mostrando-se incomodada pela ‘interrupção’; ambas estão de frente pra ele.
L: __Hm, mas Que interessante! (nitidamente sarcástica)
V: __E o que foi mesmo que te trouxe pra cá Ryan? - Ela parece realmente interessada na resposta; já Lilly... brinca distraída com o cabelo da Vanessa enquanto suspira e o come com os olhos.
Ele respira fundo, lutando pra desviar o pensamento de coisas do tipo ‘ah cara, lésbicas!’ Passa a mão na nuca, como faz pra alivia a tensão e responde:
R: __Talvez... o destino? (‘cara de enigmático’) Eu andei muito porr aí, de carrona, conhecendo lugarres, pessoas, até que um dia peguei uma carrona com o J’J e... voalá, aqui estou!
L: __ Que Sorte a nossa, né Vá? – Ela fala bem perto do ouvido da Vanessa, que sorri de forma tímida, mas pela primeira vez, maliciosa... Para a surpresa e alegria de Ryan!
V: __Quer ver onde a gente trabalha? – Lilly sorri, animada com a sugestão.
E Ryan, mais do que depressa: __ Clarro!

Ao passarem por J’J, Lilly o ignora, Ryan deixa o copo sobre a mesa de centro, e recebe de J’J um olhar do tipo ‘te liga’ – o qual ele finge que ignorar – e Vanessa pergunta: __Nos acompanha?
J’J: __Não, não! Tô legal aqui. Eu espero.

Os três seguem por um corredor não muito longo, até uma grande porta de correr que dá para um Estúdio fotográfico.
É uma sala ampla – Vanessa acende algumas das muitas luzes do teto. Os olhos treinados de Ryan notam rapidamente uma cama, grande, na parte ainda escura da sala e alguns ganchos que pendem do teto, entre as muitas araras de luz.
Enquanto ele explora o lugar, Vanessa se afasta e Lilly começa a andar ao seu redor – toc... toc... toc...
Quando ele menos espera a mão dela toca seu braço, por cima da camisa. Ela está atrás dele e sussurra em seu ouvido:
L: __Hm... braço forte!..
Ele vira a cabeça na direção do seu rosto e escuta um ‘click’ vindo de algum lugar na sala.
Lilly se afasta e continua a andar ao seu redor, deslizando a mão por suas costas, braços, peito... Ele suspira, acompanhando seus movimentos com o olhar, sentindo o corpo tremer, suar...
A luz muda sobre eles, deixando o resto da sala totalmente escura; de algum lugar desta escuridão surge à voz da Vanessa.
V: __Tu é muito bonito, sabia?
Ele sorri envaidecido, tentando parecer tímido (‘não diz eu sei, pega mal pra caramba!) R: __Que nada!
V: __É sim, podia ser modelo... não concorda Lilly?
L: __Ahãm... Ele é lindo!- e apertando a bunda dele ela diz __firme... e passando a mão próxima ao volume em sua calça ela completa: __duro...
Ele respira fundo, jogando a cabeça pra trás, sorri... outro click.
Lilly pára na sua frente e a voz da Vanessa surge novamente. V: __ Ela também não é linda?
Ryan, olhando pra aquela ‘mulher toda’ logo ali, na sua frente, responde com toda a sinceridade: __Muito...
V: __Tu não sente vontade de tocar nela?
Ele arregala os olhos, surpreso e excitado com esta possibilidade e balança a cabeça afirmativamente. - ‘click’.
V: __Então toca; vai, toca nela.
R: __Tocar, como? Onde?
L: __Como tu quiser... Onde... tu... quiser!
Ele aproxima a mão lentamente do rosto dela – ela passa o rosto em sua mão –click- que segue para a nuca –click- escorregando pelo ombro nu –click- descendo sobre o braço ‘de vinil’, tocando de leve o lado do seio –click – e então...
__Tá bom, já chega, hora de ir! – diz a voz do J’J de algum raio de lugar!
(‘O que? Tá de sacanagem, né? Ah, Fala sério! O essa merda desse negão tá fazendo aqui!!!’)
L: __acho que ele não quer ir agora, não é Ryan?
J’J: __Sem essa, já chega, vem!
R: __O que? Como assim? Ir Agora? Por quê? Não!!!

A luz da sala acende e Ryan pode ver J’J perto da porta;
Vanessa larga a câmera fotográfica sobre uma bancada – Lilly senta aos pés da cama.
J’J: __Tu me ouviu! A gente já conversou sobre isso. Eu Não vou Deixar tu entrar nessa! Agora Vamos!!!Já!
V: __O Ryan não é criança J’J! Ele pode decidir por si mesmo.
R: __É, eu não sou criança! Eu vou ficar!
J’J: __Olha Vanessa, me desculpa, mas esse assunto é entre ele e eu!
R: __Ei, não finge que eu não tô aqui! Vai tu embora! Eu já disse que não vou e ponto!
J’J: __Eu te trouxe e eu te levo!Não vou ser responsável por isso! Tu não sabe no que tais querendo te meter, eu sei e não vou deixar isso acontecer! Não mesmo! – J’j sai pelo corredor e de lá grita: __Vem de uma vez!
Lilly levanta da cama e grita de volta: __Acho que tu não ouviu bem: Ele não quer ir!!!
Vanessa se aproxima de Ryan; V: __Lilly, deixa! Não piora as coisas!
L: __Mas ele...
V: __Lilly pára! Chega! Ryan: volta outro dia, sozinho... Quando quiser... e a gente conversa melhor, ok?
Ryan suspira, anda até a porta e olha pra elas: __Eu volto mesmo, pode contar! Desculpa por isso, ele...
Vanessa interrompe: __tudo bem, não é culpa tua, a gente entende! Agora vem, eu levo vocês até a porta...
Ryan dá um último olhar pra Lilly, mas ela já não está lá...
Eles descem as escadas em silêncio.
Na porta da rua, Ryan beija a mão da Vanessa enquanto J’J se vai pro carro.
R: __Cherry, eu volto, prometo!
V: __ Eu sei disso... nós sabemos... Foi um prazer te conhecer!
R: __ O prazer foi todo meu...

Enquanto caminha para o carro ele pensa ‘Prazer... teria sido Bem maior se esse Merda desse J’J não tivesse estragado tudo!’ – ele olha pra trás – não vê Vanessa, nem Lilly - uma silhueta feminina observa na janela de cima...

‘Ah, mas eu volto ou não me chamo Ryan Phyllips! Ops, quer dizer, Ryan Le’Beau!
Se bobear volto ainda hoje! É só eu me livrar desse J’J de merda!’

Ele entra no carro – Puto da cara – Bate a porta, o carro segue... a música toca...
Ryan desliga o som – J’J liga – Ryan desliga
E eles seguem – em silêncio...

MY MUSICS


Diabo de Marfim
por Ryan Le'Beau - J.R.Blasina

Eu piscaria se pudesse viver sem te olhar
Mas já não posso – já não quero
Se ela mandar eu nem respiro
Os seus caprichos são ‘o meu fim’

É um pecado alguém ficar tão linda assim
Com essa pele E vestido de cetim

Mas ela disse não ao vinho
Só pra poder beber de mim
Saboreando lentamente cada gota
E me Provando em sua língua de carmim

E me comeu e me bebeu com sua fome
Num apetite tão enorme, tão sem fim.
Ela enlouquece e estremece o pobre homem
Que a todos seus desejos só diz sim

Porque A fome dos desejos é sagrada – disso eu sei
É doce e quente Como a fonte
Que entre tuas pernas encontrei
E como sempre Ela pediu de mim e eu dei

Á minha musa - MINHA DONA
E sua boca de carmim
Ela é o DIABO num vestido DE MARFIM



Tu me Revelas
por Ryan Le'Beau - J.R.Blasina

Ontem olhei - pela janela da vaidade
E hoje já nem sei - se o que eu sabia era verdade.
Ela sabe tocar meu corpo, pois foi pra isso que ela nasceu
Pra desperta desejos – E liberta demônios
Mas é VOCÊ quem procuro, nos meus mais secretos sonhos.

Porque TU ME REVELAS
Com tuas lentes da verdade
Porque TU ME REVELAS
E arranca a pele da vaidade

Pelas lentes dos teus olhos
Vejo o homem - Que ainda não sou
Que um dia já fui – Que ninguém pode ver
Que jamais posso ser!

Com ela sussurro segredos,
Bebo o doce veneno do prazer
Mas só contigo confesso coisas
Que jurei não saber – que julguei esquecer
E desejo tudo aquilo que jamais posso ter

Porque TU ME REVELAS
Mesmo quando não há luz
Porque TU ME REVELAS
E me desvenda A OLHO NU

Cherrie, não vou mentir – ao menos não agora
Mas sempre quando acende a luz
Parte de mim quer ir embora
E eu sei que agora não demora – o sol já tá para nascer
Vê se escolhe uma foto - Antes do espelho me vencer

Não digo que não a amo
Pois quando a toco, todo dia, me apaixono pra valer
Mas não digo que te amo – e nem duvido do querer
Pois a manhã do amanhã já tá chegando
E a BELEZA DA VAIDADE VAI MORRE

Porque TU ME REVELAS
Em tuas retinas da verdade
Porque TU ME REVELAS
Minhas mentiras, minhas verdades

TU ME REVELAS... só tu me revela
TU ME REVELAAAAA... (por aí vai)



O que você quer?
por Ryan Le'Beau - J.R.Blasina

Elas pensam que sabem de mim
Acreditam nas tantas tolices
ELAS querem acreditar
No que seus olhos vêem
Tolices... Coisas fáceis de falar

Querida, Cuidado: você vai ter tudo àquilo que desejar.

MENINO FÁCIL, FÁCIL, FÁCIL...
NUM MUNDO TÃO DIFÍCIL,
É BOM SER ASSIM TÃO FÁCIL.

Faça um pedido, jogue uma moeda.
Anda logo, ma cherie, nós só temos a noite inteira.
Mas você não vai apostar suas fichas Neste jogo roubado,
Você não quer acreditar nesta besteira
Ou quer? Será que quer?

Então Me Diga querida: O que você quer?

MENINO FÁCIL, FÁCIL, FÁCIL...
QUALQUER QUE SEJA O SEU PEDIDO,
Ele ATENDE - FÁCIL, FÁCIL...

Quando você tem fome,. A fruta podre cheira bem, TÃO BEM.
E está logo ali - É só chamar que ele vem - ELE VEM.
Só não tire a casca, não lhe dê muita atenção...
TUDO QUE VOCÊ QUER – É NADA
E NADA, ESTÁ AO ALCANCE DA MÃO.

MENINO FÁCIL, FÁCIL, FÁCIL...
QUALQUER QUE SEJA O SEU VÍCIO,
ELE RESOLVE - FÁCIL, FÁCIL...


Hei Boy
por Ryan Le'Beau - J.R.Blasina

Às vezes eu grito em silêncio
Tentando expulsar os fantasmas em mim
Mas Você não precisa me ouvir
Não que eu ache que você tente
Ou algo assim

Hei garoto, ouça um conselho: Quando a noite chegar
E você for dormir em seu quarto
Tranque bem a porta e torça...
Torça para estar sozinho, torça...

Agora corre garoto!
Pega logo o teu caminho
Você foge há tanto tempo...
Mas você nunca tá sozinho...

Às vezes ouço seus passos
Misturados aos meus – tão iguais aos meus
Não importa a estrada, o tempo ou a velocidade.
O garoto sempre volta – ao inferno onde morreu...

E agora você tenta encontrar a chave;
E agora você quer acender a luz;
Hei garoto, OUÇA O QUE EU DIGO:
Não deixe uma fresta – feche sua porta – feche agora!
Mantenha a escuridão do lado de fora.

Não, não chore garoto!
Você já está sozinho
O demônio ainda vive
Mas não sabe o teu caminho...

E agora você diz me amar
E isso nem soa como merda
Você é tão linda que eu até quero acreditar
Além do mais, O que você pode quebrar em mim
Que eu já não tenha colado antes?

O garoto não abre a porta
O garoto não dorme de noite
O garoto não olha no espelho
Às vezes o garoto tem medo
Às vezes o garoto tem sono
Às vezes ele chora em seu quarto escuro.
Rezando para estar Sozinho

MATE O DEMÔNIO – MATE O DEMÔNIO – MATE O DEMÔNIO




Entre o Paraíso e o Precipício
por Ryan Le'Beau - J.R.Blasina

1 é pouco, 2 é bom, 3 é PERFEITO
Ela manda e eu aceito
Com medo desejo e satisfação

CORRENDO SEMPRE A UM PASSO DO PRECIPÍCIO

Segura minha mão – me entrega tua vida
Não vou te soltar por nada - EU PROMETO!
Há muito mais me prendendo a VC do que esta coleira de prazer
Já nem sei qual é o meu corpo - qual é o teu
E já não é de agora que desisti de saber

SORRINDO A UM PASSO DO PARAÍSO

E eu que ACREDITAVA viver
Nem sequer sabia
Que o céu ficava logo ali
Num Mundo vazio
Tão cheio – DE NÓS

Porque eu só vejo o teu rosto, só sinto o teu corpo
E OS olhos que iluminam nossa escuridão
Só eles podem nos ver – nos encontrar
RASGAR A PELE e REVELAR
A CHAVE E A SAÍDA

Porque JUNTOS somos 3
E Juntos somos 1
Amando, vivendo e seguindo.

ENTRE O PARAÍSO E O PRECIPÍCIO


Um momento
por Ryan Le'Beau - J.R.Blasina

Momentos felizes são eternos – os feios também são
Momentos felizes são tão belos – seus seios também são
O amor é um momento - diga sim, ou diga não.
Um momento tão perfeito – pra viver assim em vão...
Um momento que é eterno não se chama de ilusão

UM DIA EU TE AMEI TANTO,
VOCÊ NÃO PRECISA ACREDITAR
FOI UM MOMENTO, UM ENCANTO,
FOI SÓ NUM BEIJO, OU NUM OLHAR

Agora parece tão distante,
E você nega acreditar,
Que foi eterno aquele instante
E é eterno pra lembrar

Aquela noite foi tão linda – a tua pele ao luar...
SÓ porque a lua foi embora - não devia nem chegar?
Me responda você – me responda - Por quê?


UM DIA EU TE ESPEREI TANTO,
VOCÊ NÃO PRECISA NEM LEMBRAR
BASTA UM MOMENTO, UM ENCANTO,
BASTOU UM INSTANTE PRA TE AMAR

E Você diz que eu não falo sério,
Que nunca canso de brincar,
Mas MEU amor, ELE é etéreo e se desmancha se tocar,
Por que a rosa foi plantada se ela não vai desabrochar?
VOCÊ PODE RESPONDER - Por quê? Por quê?

UM DIA EU TE AMEI TANTO,
QUE NÃO PRECISA NEM VOLTAR
FOI UM MOMENTO, UM ENCANTO,
E ISSO FOI TANTO PRA GUARDAR
Um momento.... Um momento....
eu me lembro... Um momento.... VOCÊ NÃO?


Amor em Tempos de Guerra
por Ryan Le'Beau - J.R.Blasina

Mesmo onde mora a GUERRA
Rios de SANGUE - Mar de DOR
Quando só a MORTE espera
Nossos corpos encontram o AMOR X2

Onde a FÉ se torna GUERRA
E toda a VIDA se desfaz
Onde o SANGUE mancha a TERRA
No teu CORPO encontro a PAZ X2

Não importa qual o DEUS
Credo, Pátria ou Temor
No PARAÍSO ou no INFERNO
Nossos corpos encontram o AMOR X2

(Estrofe falada no final)
Pelas RUAS do teu CORPO
Meus dedos sabem percorrer
O teu colo, pele, boca
É um bom lugar para MORRE